Mobilidade
Compartilhamento de bicicletas rumo a implementação em Pelotas
Uma empresa já se cadastrou na Secretaria de Transporte e Transito
Infocenter -
Um mês após o lançamento do projeto BikePel e assinatura do decreto de lei municipal, uma empresa interessada já realizou o cadastro na Secretaria de Transporte e Trânsito (STT). O serviço funciona a partir do compartilhamento de bicicletas, com pontos fixos para a retirada e devolução ou no sistema dockless, aqueles sem estação. Cada companhia precisa ter o próprio aplicativo, que será o meio de colocação de créditos para a utilização dos usuários e liberação dos cadeados em cada veículo.
A empresa que se inscreveu para prestar o serviço é a mesma responsável pela Zona Azul de Pelotas, que regula o estacionamento rotativo. A proposta da Serttel é que as bicicletas passem a funcionar no estilo dockless, com estações virtuais de entrega e devolução. O aplicativo oficial do serviço será integrado com o da Zona Azul. De acordo com o decreto municipal, cada companhia pode buscar e firmar contrato com patrocinadores, inserindo no projeto de implementação a logotipia das marcas e demais formas de identificação. A ideia é que cada empresa, além dos valores pagos pelos usuários, se sustente também com o viés de propaganda.
Após a aprovação da prefeitura e da secretaria, ainda sem data para ocorrer, a empresa pretende iniciar o sistema de aluguel de veículos de duas rodas em 90 dias, começando com cem bicicletas. Com o decreto, a STT propôs 17 pontos para a instalação de estações, locais que vão desde a Praça Coronel Pedro Osório, campus Porto da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Avenidas Duque de Caxias e Dom Joaquim e Parque da Baronesa, lugares vistos como ideias para a circulação de bicicletas e de interesse dos moradores e passantes. Contudo, as empresas interessadas podem solicitar novos pontos que vão além dos já estipulados. A Serttel, por exemplo, afirmou que irá fixar as estações virtuais nos locais pré-determinados.
A UFPel é uma das parceiras do BikePel. Em entrevista ao Diário Popular, em fevereiro, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan), Otávio Peres, explicou que a ideia é proporcionar aos servidores e alunos uma alternativa de mobilidade, seguindo a iniciativa dos ônibus de apoio da instituição, que são gratuitos para a comunidade acadêmica. Uma das formas é a criação de um sistema de passes aos alunos e servidores cadastrados, intensificando o uso das bicicletas.
O contato do usuário com créditos, tempo de uso e locais de retirada e entrega será feito por meio de um aplicativo para celular, disponibilizado por cada empresa. Em relação ao tempo de empréstimo, o passaporte varia. O usuário precisa devolver o veículo por 15 minutos após o tempo limite, a fim da rotatividade entre os demais utilitários. Os preços também ficam por conta das empresas. Diretamente no celular, o usuário consegue locar o veículo e transitar pelas ciclovias e ciclofaixas de Pelotas. Basta mirar a câmera do aparelho para o QR Code fixado na bicicleta, ação que irá liberar uma trava colocada na roda traseira. Os veículos possuem um GPS que rastreia a localização e os trajetos percorridos.
As companhias interessadas podem se cadastrar na sede da STT, localizada na rua Conde de Porto Alegre, 326 A. Os documentos exigidos estão disponíveis na página oficial da legislação municipal. Com o cadastro, a empresa se torna uma Operadora de Tecnologia de Transporte Credenciada (OPTC).
Entenda as mudanças
Em 2017, o plano da STT era lançar uma licitação para as empresas interessadas. O que levou a mudança para o estilo dockless foi a ascensão do mercado e a tendência da modalidade sem pontos fixos para aluguel e devolução dos veículos nas demais cidades. Em agosto do último ano, o sistema começou a ser instalado em São Paulo. Após as adequações, o decreto municipal foi assinado pela prefeita Paula Mascarenhas, em ato no Salão Nobre do paço municipal. Além das duas opções de serviço, as alterações prevem a possibilidade da expansão do serviço para outras modalidades de compartilhamento de meios de transporte sustentáveis, aqueles movidos por novas tecnologias. Um exemplo disso são os patinetes elétricos, que desde fevereiro já viraram alternativa de mobilidade em Porto Alegre.
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